Sinopse:
Por José Carlos Lopes (O Interior)
O Goldman Sachs (GS) é um dos maiores bancos de investimento
mundial e co-responsável direto, com outras entidades, pela atual crise e por
todas as crises da bolsa nos últimos 80 anos, a começar pelo grande “crash” de
1929. Sendo também um dos grandes beneficiados com as mesmas.
Chris Edges, jornalista premiado com um Pulitzer, e autor do
livro “O império das ilusões”, afirma nesse documentário da Canal+, que os
altos quadros da GS são “empurrados” para fora da instituição e passam a
gravitar na órbita do sistema político, havendo vários ex-quadros que
conseguiram posições muito próximas do poder, o que significa que nos EUA e
agora também na Europa será muito difícil para os governos atuarem contra os
interesses desta corporação.
De acordo com o “Wall Street Journal”, o GS aconselha os
seus clientes a apostarem no colapso financeiro da Europa. Tudo gira à volta
dos juros dos empréstimos. Quando os grandes bancos declaram que determinado
país está insolvente as consequências são drásticas, pois forçam essa nação a
continuar a pedir empréstimos e a implementar medidas de austeridade que
empobrecem a economia nacional.
Somos todos reféns deste jogo de especulação. Nos EUA
ninguém tem poder sem a aprovação do setor financeiro. Desde o colapso de 2008
que se tem visto que ninguém toca nessas instituições financeiras e que ninguém
tem poder para detê-las. Sabe-se que saquearam o Tesouro americano e que
continuam no cassino da especulação como antes do estouro da bolha imobiliária.
Qualquer ideia de que é preciso legislação para controlar
Wall Street é poesia, pois, apesar de tudo, continuam os derivativos tóxicos,
os produtos de proveniência duvidosa e agora, mais do que nunca, computadores
com programas baseados em algoritmos matemáticos, vendem e compram, ao ritmo
das equações, alterando os preços de bens essenciais num jogo mortal.
Nos EUA, universidades, meios de comunicação social,
tribunais, partidos políticos e setores executivos do governo, todos dançam ao
som da música que eles tocam. Não há nada que o cidadão comum possa fazer. Não
existe nenhum mecanismo dentro das estruturas formais do poder, que nos permita
lutar contra eles. Não vivemos numa democracia, mas sim noutro estado, uma
“corporatocracia” a quem o filósofo Wolin chamou de “totalitarismo invertido”,
aquele que diferente do totalitarismo clássico, que se expressa através de um
líder ou ditador, nesse caso é dirigido por uma sociedade anônima
Estamos a ser destruídos, financeira, política e
economicamente e o GS é a jóia da coroa dessas instituições. Transformam tudo
num mercado que exploram até a exaustão ou ao colapso. É por isso que a crise
ambiental está claramente ligada à crise econômica. A morte do império
americano não é uma tragédia. O que assusta é a forma como a América está a morrer,
estrebuchando como um animal ferido. A queda dos impérios acaba quase sempre
com o consumo dos recursos e guerras internas, como aconteceu na ilha de
Páscoa, só que, o que se iniciou nos EUA em 2008 está a ter uma dimensão global
pelo que não haverá um “oásis” para onde possamos migrar. No entanto, os
grandes bancos de investimento, como abutres, andarão por aí a recolher os
destroços e a se beneficiar com o colapso da civilização.
Dados do
Arquivo:
Direção: Jean-Luc
Leon
Qualidade:
TVRip
Áudio:
Inglês/Francês
Legenda:
Português (embutida)
Tamanho:
366 MB
Duração:
00:48:22
Formato: AVI
Servidor:
Rapidshare
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Download:
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