Sinopse:
Por Carlos Figueiredo (Agenda Pública)
O documentário começa com um depoimento de
Robert McChesney, professor da Universidade de Illinois, sobre como a
propriedade das empresas midiáticas nos EUA está se tornando cada vez mais um
oligopólio nas mãos de cinco grandes redes (se ele viesse ao Brasil iria se
escandalizar). Segundo o acadêmico, a pouca variedade de fontes de informação
estaria deteriorando a democracia norte-americana.
Ex-repórteres e editores da Fox News contam
os bastidores da emissora e como eram repreendidos por não seguirem a linha
editorial por ser uma linha anti-ética, desligada dos padrões jornalísticos, e
não por ser necessariamente conservadora. Afinal, toda publicação ou emissora
tem o direito de seguir, dentro dos padrões éticos, uma linha editorial seja
conservadora ou progressista.
Alguns exemplos marcantes mostrados na
película da cobertura totalmente tendenciosa da Fox News são a polêmica
contagem de votos no Estado da Flórida nas eleições presidenciais de 2000,
garantindo a Bush filho seu primeiro mandato presidencial, as coberturas da
ocupação do Iraque e da eleição presidencial de 2004, em que a crítica mais
afável ao democrata John Kerry foi considerá-lo um candidato de traços
franceses. Ser francês é ruim para os EUA, segundo os sábios jornalistas da
Fox. Afinal franceses pensam demais e não agem nunca, um americano autêntico
não é assim.
O caso da contagem de votos na Flórida é de
longe o mais marcante. A Fox anunciou que pelos seus cálculos, Bush teria
vencido a votação no estado e, portanto, era considerado o vencedor da eleição,
derrotando o democrata Al Gore.
O anúncio foi feito antes mesmo de se saber
qual seria o destino de vários votos que poderiam ser anulados ou não naquele
estado americano. As outras redes de televisão como a NBC, CBS e ABC seguiram a
Fox sem apurarem, o velho jornalismo de manada.
Essa aprovação midiática, segundo os
especialistas em Crítica de Mídia ouvidos pelo documentário, teria ajudado
enormemente a legitimar a vitória republicana, decidida nos tribunais. O
jornalismo da Fox é pura propaganda. A cobertura da eleição presidencial de
2004 nos EUA é uma prova assustadora desse comportamento editorial. Havia uma
vinheta em contagem regressiva para os dias de votação com a seguinte frase:
“Faltam X dias para os EUA reelegerem o presidente Bush”. E o lema da Fox é
“Justa e Equilibrada” (Fair and Balanced).
Os comentaristas e convidados são em sua
maioria conservadores raivosos. Raramente um “progressista” é chamado a
participar dos programas, e quando isso acontece é ridicularizado. Um jovem que
teve seu pai morto nos atentados de 11 de setembro e se posicionou contra a
guerra do Afeganistão foi chamado a um programa de entrevistas onde o
apresentador de maneira agressiva ordenava o convidado a se calar
repetidamente.
E, em um determinado momento sem que o
entrevistado tenha feito qualquer menção de agressividade, o entrevistador
desligou o microfone do rapaz abruptamente e disse que não iria mais debater
com o convidado. Nos dias seguintes ao programa, o rapaz cujo pai havia morrido
no World Trade Center foi atacado sistematicamente na Fox News.
O maior temor dos entrevistados no
documentário é o fato de que as outras emissoras, assustadas com o sucesso da
Fox News passaram a imitá-la. Ou seja, começaram a copiar seu padrão agressivo
em busca de audiência.
Dados
do Arquivo:
Direção:
Robert Greenwald
Qualidade:
DVDRip
Áudio:
Inglês
Legenda:
Português
Tamanho:
696 MB
Duração:
01:17:41
Formato:
AVI
Servidor:
Mega
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Download:
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Interessante como em geral as pessoas não se dão conta do alcance, e do nível de influenciação dos veículos de comunicação em massa. Hoje existem verdadeiros conglomerados de mídia, a centralização de poder é imensa. É o 4º poder!
ResponderExcluirDe fato Adriano, precisamos nos conscientizar cada vez mais que por trás dos veículos de mídia massificada existem linhas editoriais que definem, segundo interesses nem sempre claros, o que deve, e como deve, ser comunicado às massas. Moldando assim uma determinada visão da realidade. Infelizmente a maior parte da imprensa brasileira, e mundial, é controlada por uma minoria que atende aos interesses da ideologia neoliberal, difundindo os ideais do consumismo, da competição e do capital em geral.
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