O Marketing da Loucura / The Marketing of Madness: Are We all Insane? (2009)


Sinopse:

 O documentário definitivo sobre o drogar com psicotrópicos, esta é a história da parceria altamente lucrativa entre companhias farmacêuticas e a psiquiatria, que criou um lucro de 80.000 milhões de dólares a partir da venda de drogas psicotrópicas a um público confiante.

Mas as aparências enganam.

Até que ponto são válidos os diagnósticos dos psiquiatras, e até que ponto são seguros os seus medicamentos?

Investigando a fundo por detrás do verniz das corporações, este documentário, em treze partes, expõe a verdade por detrás dos esquemas atrativos do marketing e fraude científica que escondem uma campanha de vendas perigosa e frequentemente mortífera.


Dados do Video:

Áudio: Português
Legenda: Português
Duração: 02:57:11

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Os psiquiatras dizem-nos que a forma de resolver comportamentos indesejáveis é alterando a química cerebral com um comprimido.

Mas ao contrário de um medicamento comum como a insulina, os medicamentos psicotrópicos não têm uma doença alvo mensurável para tratar, e podem transtornar o equilíbrio delicado dos processos químicos que o corpo precisa para funcionar bem.

Não obstante, os psiquiatras e as companhias farmacêuticas têm usado estes medicamentos para criar um mercado enorme e lucrativo.

E eles têm feito isto nomeando cada vez mais comportamentos indesejáveis como "perturbações médicas" que requerem medicação psiquiátrica.

Mas será que estas realmente se deviam chamar doenças?

A questão é portanto:

Como é que os medicamentos psicotrópicos, sem uma doença alvo, sem poderes curativos conhecidos e uma lista longa e extensa de efeitos secundários, se transformam no tratamento indicado para todo o tipo de distúrbios psicológicos?

E como é que os psiquiatras que apóiam estes medicamentos conseguiram dominar o campo do tratamento mental?

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A história

Os psiquiatras reivindicam uma história de enormes avanços na área dos medicamentos psicotrópicos. Mas será este desfile de químicos cerebrais que eles afirmam ser "grandes avanços científicos"?

Os primeiros esforços de marketing de medicamentos de Sigmund Freud ajudaram a criar a maior epidemia de cocaína na Europa.

Depois os psiquiatras voltaram-se para as anfetaminas até que se descobriu que estas drogas não só eram ineficazes, como também altamente tóxicas e que causavam dependência.

Anos mais tarde, foi anunciado ao mundo que os medicamentos "antidepressivos" eram na verdade "drogas de estilo de vida" para uma sociedade que escolhe o seu estado de ânimo. No entanto, num período de dez anos, os pormenores chocantes dos efeitos secundários, tais como a violência e o suicídio não podiam continuar a ser ignorados, com um número estimado de 3,9 milhões de ocorrências adversas só com o Prozac.

Hoje em dia, o mesmo ciclo continua, com notícias de primeira página incessantes a promoverem novos tratamentos químicos como "medicamentos milagrosos".

Permanecem no ar duas questões: onde é que está a ciência que apóia a psiquiatria?

E durante quanto mais tempo irá o público continuar a acreditar em falsas esperanças, embuste e puras mentiras?

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O manual de diagnóstico da psiquiatria

Sem nenhuns testes de laboratório científicos que demonstrem a presença ou a ausência de problemas mentais, como é que o sistema de diagnóstico da psiquiatria funciona, e como é que se tornou tão predominante?

Os psiquiatras publicaram o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais (DSM), em 1952, listando 112 supostas "perturbações mentais", sem estar baseado em procedimentos científicos padronizados, mas sim em votos enviados por psiquiatras.

Em cada nova edição do DSM, o diagnóstico não só expandiu em número, como se tornou uma vasta rede, abrangendo agora segmentos populacionais inteiros. Como resultado, quase um milhão de crianças são diagnosticadas como bipolares.

Em 2007, meio milhão de crianças e adolescentes receberam pelo menos uma prescrição para um antipsicótico. E os medicamentos antipsicóticos, químicos poderosos criados originalmente apenas para as perturbações mentais mais sérias, são agora uma indústria de 22,8 mil milhões de dólares.

No entanto, a pessoa comum ignora totalmente o fato de que os diagnósticos psiquiátricos não têm a ver com a medicina, mas tem apenas a ver com votos baseados no comportamento.

O que nos leva à próxima questão: Como é que os psiquiatras pegam nestas "doenças" e fazem com que as pessoas acreditem nelas?

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A vender doenças a pessoas sãs preocupadas

Vender doenças: "O ato de convencer essencialmente pessoas saudáveis de que estas estão doentes, ou pessoas levemente doentes de que estas estão muito doentes."

Os psiquiatras sabem acerca disto. As companhias farmacêuticas sabem acerca disto. Executivos de publicidade em todo o mundo também sabem.

Vender doenças é uma estratégia altamente bem-sucedida que transforma situações da vida quotidiana em estados de doença psiquiátrica, levando pessoas de qualquer estilo de vida a preocuparem-se com a última "doença mental", e ir em busca de um comprimido.

E de acordo com um guru do marketing: "Nenhuma categoria terapêutica está mais aberta a ser estigmatizada do que o campo da ansiedade e depressão, onde as doenças são raramente baseadas em sintomas médicos mensuráveis e consequentemente, abrindo a porta à definição conceptual."

E isso funciona. Os psiquiatras e as companhias farmacêuticas criaram um mercado lucrativo com receitas brutas de mais de 150.000 dólares por minuto.

Mas com a campanha de vender doenças a criar a ilusão de doenças mentais amplamente difundidas, até que ponto os medicamentos psiquiátricos prescritos para o tratamento são seguros?

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Na psiquiatria moderna, os medicamentos psicotrópicos tornaram-se as armas favoritas. Mas será que elas são tão seguras como se tem feito crer?

De facto, a afirmação de que os medicamentos psicotrópicos são seguros por parte dos psiquiatras e das companhias farmacêuticas está muito longe de ser verdade.

Em primeiro lugar, os testes de segurança dos medicamentos são predominantemente feitos pelas próprias companhias farmacêuticas, não por agências governamentais ou laboratórios independentes, criando um óbvio conflito de interesses.

Os psiquiatras também não tem laboratórios de testes científicos para medir objetivamente o melhoramento, o que permite que os pesquisadores tenham muitas oportunidades para forjar os resultados de testes de drogas a favor das companhias farmacêuticas.

E há imensas maneiras de influenciar os testes para evitar descobertas negativas ou acentuar o lado positivo.

Tal como foi resumido por um especialista em drogas: "Pode-se provar que a maioria dos resultados de pesquisas apresentados são falsos."

Qual é o resultado? Desde então tem sido descoberta uma enorme quantidade de efeitos negativos associados aos medicamentos psicotrópicos, incluindo homicídio e suicídio.

Com este nível de corrupção a infiltrar os testes de medicamentos psicotrópicos, permanece a pergunta:

Onde estão os responsáveis pela nossa proteção?

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Desaparecido em combate

Então porque é que são permitidos tantos medicamentos psicotrópicos perigosos no mercado?

Uma das razões pode ser a conexão de pessoal entre o governo, as academias e a indústria farmacêutica, onde os comités que recomendam a aprovação dos medicamentos psicotrópicos têm sido preenchidos, desde muito tempo, com psiquiatras que mantêm ligações financeiras com as companhias farmacêuticas.

Outra pode ser que em vez de ter uma função de segurança como uma "vigilância pós--marketing", a fase final dos testes clínicos está agora sendo apresentada como uma "pesquisa pós-marketing" com o propósito de testar medicamentos psicotrópicos para perturbações psiquiátricas adicionais.

É também por isso que as companhias farmacêuticas continuam a usufruir de margens de lucros equivalentes a três vezes a média da maioria das empresas.

Na verdade, o total dos lucros das dez principais companhias farmacêuticas na Fortune 500 excederam os lucros combinados das outras 490 empresas.

E com tanto dinheiro em jogo, não é de admirar que a verdade sobre os medicamentos das companhias nas quais investem, nunca seja comunicada aos acionistas.

Mas uma vez que a droga seja aprovada, o próximo desafio é:

Como convencer os médicos que prescrevem estes medicamentos que eles são realmente seguros, eficazes e com poucos efeitos secundários, quando os próprios testes das companhias farmacêuticas provam não ser este o caso?

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A venda fácil

Como é que os psiquiatras e as empresas farmacêuticas tiveram sucesso em convencer milhões de médicos a prescrever as suas poderosas drogas psicoativas a milhares de milhões de pessoas?

A doutrinação de médicos começa nas conferências médicas, conferências frequentemente pagas pelas empresas farmacêuticas.

Os jornais mais respeitados também publicam estudos escritos pelos escritores fantasma das empresas farmacêuticas, falsamente assinados por psiquiatras de renome que são pagos para dar o seu nome ao artigo.

A indústria farmacêutica gasta atualmente 22 mil milhões de dólares por ano em marketing para médicos para aumentar as prescrições, um espantoso 90% do orçamento de marketing.

Como resultado, os profissionais médicos de todo o mundo receitam medicamentos psicotrópicos, e é lhes dito por "especialistas" no campo, psiquiatras, que estes são seguros.

Mas os psiquiatras e a indústria farmacêutica perceberam desde cedo que promover a médicos não era suficiente.

Como é que conseguirão alcançar o seu alvo demográfico, o consumidor final, de modo a que este vá aos consultórios médicos para exigir estas drogas?

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Um casamento celebrado em Wall Street

Em 1997, os grupos de influência das empresas farmacêuticas fizeram pressão no Congresso dos Estados Unidos para permitir a publicidade de medicamentos psicotrópicos na televisão americana. E isto deu início a uma torrente de anúncios que aumentaram de 595 milhões de dólares por ano em 1996 para 4,7 mil milhões de dólares hoje em dia, um aumento de quase 700%.

Nos Estados Unidos, os anúncios de medicamentos na televisão alcançam 55% do orçamento de publicidade direta ao consumidor da indústria farmacêutica.

Consequentemente não é nenhuma surpresa que os conglomerados dos meios de comunicação social estejam relutantes em morder a mão que os alimenta.

É assim que os psiquiatras e as empresas farmacêuticas têm sido capazes de usar cada meio de comunicação que conseguissem influenciar para espalhar uma única e incansável mensagem: "Você está doente, nós temos a solução e pergunte ao seu médico."

Mas eles não estão satisfeitos só com as campanhas nos meios de comunicação social.

Então a próxima estratégia é: Como é que se convence ainda mais pessoas a tomar medicamentos psicotrópicos, continuando a permanecer uma influência oculta?

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Ninguém a viu chegar

Se tiver alguma ideia quanto ao que procurar, você irá encontrar campanhas de marketing de medicamentos escondidas em praticamente qualquer lugar.

Muitas destas campanhas vêm dos grupos de vanguarda financiados pelas empresas, geridos por psiquiatras, mas mostrando-se como sendo um compassivo grupo de apoio aos pacientes.

De todos estes programas, um dos mais bem-sucedidos é a campanha "benevolente" do rastreio de saúde mental; são utilizados amplos questionários de rastreio psiquiátrico para diagnosticar situações comuns da vida diária como tristeza, nervosismo e solidão ocasional.

Sob o disfarce de "prevenção do suicídio", programas como "TeenScreen" (Rastreio de adolescentes) tem como alvo os adolescentes. Mas as estatísticas mostram que não há uma epidemia de suicídio adolescente. Em vez disso, na última década, o suicídio de adolescentes na verdade diminuiu 25%.

Indo mais diretamente à questão, é mais provável que os participantes considerem o suicídio como solução para um problema depois do programa de rastreio do que antes dele.

Até aqui, as campanhas de rastreio têm sido limitadas àqueles que querem participar.

Mas e se os rastreios deixarem de ser voluntários?

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Está na hora do seu exame de rotina anual

Os psiquiatras insistem que os rastreios de saúde mental universais seriam benéficos para todos.

Hoje em dia, o sonho deles está a tornar-se uma realidade, com o novo grupo conselheiro presidencial, conhecido como A Nova Comissão de Liberdade para a Saúde Mental a lançar planos para fazer rastreios a segmentos importantes da sociedade americana, em busca de sinais de doença mental.

No entanto, para muitos, o rastreio da saúde mental já é um fato da vida. São feitos rotineiramente rastreios a crianças adotadas, sendo estas medicadas. E também são feitos aos nossos militares.

E já estão a ser feitos planos para rastrear e possivelmente medicar as grávidas, e por acréscimo, as suas crianças por nascer.

Para implementar esta medicação, os psiquiatras e pesquisadores financiados por companhias farmacêuticas diferentes criaram um carta de fluxo passo a passo, que requer os medicamentos psiquiátricos mais recentes e caros para os pacientes com problemas mentais — e se isso não funcionar, tem o tratamento com eletro-choques.

Com tudo isto a ocorrer, o que é que acontece aos pacientes uma vez que lhe tenha sido feito um diagnóstico e tenham sido entregues à máquina de medicação psicotrópica?

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O que os psicotrópicos realmente causam

Apesar dos medicamentos psicotrópicos estarem a ser vendidos como sendo "seguros e eficazes" por psiquiatras e empresas farmacêuticas, nós estamos a observar um aumento alarmante de ocorrências de efeitos secundários adversos por parte dos consumidores.

Nas crianças, observamos obesidade, doenças cardíacas e diabetes. Em mulheres grávidas, observamos o risco de quase o triplo de deficiências graves de nascença. E nos idosos, observamos uma diminuição drástica do seu tempo de vida.

Talvez o risco mais grave e significativo de todos seja o comportamento violento, incluindo o suicídio. Depois do consumo de antidepressivos, a taxa de suicídio aumenta de 11 para 718 por cada 100 000 pessoas, um aumento em mais de 65 vezes.

E existem bastantes evidências de que se os efeitos secundários de curto prazo dos psicotrópicos não o afetarem, os efeitos a longo prazo afetá-lo-ão.

A probabilidade muito real de efeitos secundários significativos a curto e longo prazos deveria ser dada a conhecer a qualquer pessoa que tome em consideração tomar medicamentos psicotrópicos.

Mas e quanto àqueles que já as estão a tomar que, não importa o quanto tentem, não conseguem parar?

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A Psiquiatria a Criar Doenças

Embora os psiquiatras e as empresas farmacêuticas admitam a maioria dos efeitos secundários dos medicamentos psicotrópicos relutantemente, há mais um efeito que eles quase nunca mencionam, o vício.

A maioria das pessoas pensa no vício como uma necessidade psicológica e física incontrolável de uma certa substância.

Mas não os psiquiatras. Eles chamam a isto "dependência".

Independentemente do que se chamar ao fenômeno, uma vasta percentagem de pessoas experimenta reações de abstinência horrendas quando tenta sair dos medicamentos psicotrópicos.

Pior que isso, estão a ser vendidos psicotrópicos causadores de dependência, tais como os estimulantes, a crianças nas escolas. E sabe-se que estes levam a uma dependência ainda maior de drogas como a heroína e cocaína.

E no entanto os psiquiatras dizem-nos que os medicamentos psicotrópicos são o único caminho para manter as pessoas sãs e aliviadas de distúrbios mentais.

Mas será que é realmente assim?

Ou será que existem outras escolhas, eficazes, baratas e sem drogas, que poderiam alcançar as promessas quebradas e não alcançadas pela psiquiatria?

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Com uma história longa e bem documentada de fracassos, os psiquiatras e os seus medicamentos estão a ser atacados pelos alertas de segurança do governo, a legislação e dezenas de milhares de julgamentos.

Até mesmo os psiquiatras admitem que não "têm resposta para a doença mental".

Mas existem atualmente centenas de escolhas viáveis, pouco conhecidas apenas devido à influência dos psiquiatras e o poder do dinheiro das companhias farmacêuticas. E estas opções podem até mesmo ajudar aqueles que estão na maior confusão mental.

O que é interessante é que na raiz da maioria dos problemas psiquiátricos está uma doença física que não foi descoberta ou tratada. E quando esta é curada, o "problema mental" também é curado.

Mas por causa do grande poder detido pelos psiquiatras e companhias farmacêuticas e exercido sobre o resto do campo médico, isto raramente é dito aos pacientes.

Para se proteger a si e aqueles que ama, insista num consentimento completo e preciso: um balanço de todos os riscos e benefícios do tratamento recomendado, de outros tratamentos e de não fazer seja o que for.

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6 comentários:

  1. Amigo, estão faltando os capítulos 3, 8 e 13... por favor,poderia corrigi-los?

    Parabéns pela postagem... Este doc é muito bom!

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  2. Série muito interessante. Notei que os episódios 3, 8 e 13 estão fora do ar...

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  3. Obrigado novamente pelo documentário. Infelizmente o link do capítulo 13 esta quebrado.

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  4. Problema resolvido.

    Obrigado a todos.

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  5. Obrigado por corrigir... Cara este é um dos melhores DOC´s já feito. Nota 10...
    Parabéns pela postagem!

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    1. Também acho esse um excelente documentário, muito importante na conscientização de uma das faces mais desumanas da indústria farmacêutica, que todos os anos lucra bilhões às custas do sofrimento das pessoas.

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